A ACPM-Federação
compreende as manifestações do CPERS quanto às paralisações anunciadas para o
mês de março, mas também defende o direito dos estudantes em frequentar as
aulas, e recomenda que as famílias levem seus filhos à escola para acompanhar a
organização do início do ano letivo. Também apoiamos o direito ao trabalho dos
Professores que não aderem às paralisações.
O CPERS deliberou por fazer paralisação no dia 29/02, convocando
a comunidade escolar para fazer caminhada na área central de Porto Alegre. Também convoca Professores para greve entre os
dias 15 e 17/03, sendo que no dia 18/03 está marcada uma assembleia.
Por sua vez, o Secretário de Educação Vieira da
Cunha garante que as escolas estarão normalmente abertas aos alunos, cumprindo
o calendário escolar.
Os argumentos de cada um são legítimos, e seus pontos de vista cumprem
rituais históricos, visto que por décadas Professores e executivo não conseguem
resolver este impasse entre as reivindicações e a impossibilidade de
atendimento das demandas.
A ACPM-Federação reconhece o
direito à greve, por ser constitucional, instrumento mobilizador dos Professores
que expõem para a sociedade as inúmeras deficiências educacionais em nosso
estado, mas não apoia paralisações que prejudicam a vida escolar de crianças e
adolescentes.
Quando uma
greve é proposta, alguém decide que os estudantes não terão aula, sem consulta às
famílias, visto que a greve é uma decisão unilateral. Os Professores têm
motivos claros e justos, porém defendemos que a greve é um instrumento que
deveria ser substituído por alternativas e ações que não prejudiquem o ano
letivo dos estudantes. Neste sentido certamente a sociedade gaúcha apoiaria uma
mobilização que respeitasse os diversos interesses dos segmentos que compõem a comunidade escolar.