ACPM-FEDERAÇÃO completa 37 anos de atuação em favor da qualidade da educação gaúcha, com participação da comunidade escolar.
PARTICIPAÇÃO E CIDADANIA - A grande missão social dos CPMs gaúchos
O distanciamento
existente entre representantes e representados vem sendo um dos fatores que
geram a descrença na democracia. Esse distanciamento está diretamente
relacionado à falta de entendimento do real papel do cidadão na sociedade da
qual faz parte.
Um dos caminhos para
monitorar as políticas públicas, sobretudo no que diz respeito ao uso dos
recursos públicos, é a ocupação dos espaços de decisão e do acompanhamento por
meio do controle social, ação exercida pela sociedade, principalmente quando se refere à educação pública.
No RS a comunidade
escolar, pais, mães e responsáveis por estudantes, são representados pelos
Círculos de Pais e Mestres (CPMs), criados por Decreto em 1966. A partir da
implementação de recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), transferidos
diretamente à essas associações, representaram uma grande mudança na cultura
política gaúcha.
Na escola, a participação
do segmento nos CPMs, reflete a visão da parceria responsável, superando o
distanciamento, o descaso e a crítica imobilizadora pelo que é público e
estatal. Com a participação, deixamos a condição de indivíduos passivos e
assumimos a postura de cidadãos ativos, passando a acreditar na fiscalização
daquilo que é nosso. A Escola precisa receber essa participação como uma
conquista, colaboração desvinculada de ações pontuais, gerando união da
coletividade em um único propósito: qualidade do ensino público.
Ao ser conduzido para o
futuro, o espaço escolar abre-se às transformações sociais, pois sem esse propósito,
a sociedade não avança, e os jovens perdem a autonomia, referência do que é
possível fazer em relação ao seu próprio destino.
Valorizar e investir na educação básica é
premente e urgente, não há política pública sem investimento, não há
desenvolvimento social sem crescimento econômico, não há país do futuro sem população
livre da pobreza, da indiferença e da estagnação do estado. É necessário legitimar
a justiça social, reduzir as desigualdades e oferecer oportunidades iguais para
toda a sociedade.