Abordar a
situação das Associações de
Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) no Rio Grande do Sul foi o objetivo da audiência pública
realizada pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos na manhã dessa
quarta-feira (5 de junho), na sala João Neves da Fontoura (Plenarinho).
Atualmente, são 208 entidades
no estado, que atendem 19,5 mil pessoas. O debate foi coordenado pelo
presidente da Comissão, deputado Jeferson Fernandes (PT). A iniciativa da
audiência foi do deputado Adolfo Brito (PP). Ele está preocupado o insuficiente financiamento público para as entidades.
O
vice-presidente da Federação das Apaes, Vilson
Foletto, abriu o debate.
“Damos sentido à vida a uma pessoa que estava escondida”, declarou em relação a
pessoas com deficiência que entram no mercado de trabalho. As Apaes desenvolvem
atividades nas áreas de assistência social, saúde e educação. Foletto considera
que essa última é a mais problemática. Ele
denuncia que os municípios recebem recursos do Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) para os alunos atendidos nas escolas especiais, mas repassam
apenas 20% do valor devido.
Ao final
da audiência, foi deliberado que será criado um grupo de trabalho para tratar
do tema, integrando Parlamento, governo estadual, conselhos e a Federação das
Apaes. Entre os temas que serão trabalhados, está uma formação para os novos
prefeitos sobre os repasses da União para o financiamento de ações, a formação
de profissionais especializados pelas universidades públicas e o encontro com a
bancada federal gaúcha para debater ajustes no texto do Estatuto da Pessoa com
Deficiência, que deve ser votado no mês de outubro, em Brasília. Leia
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