Sexta-feira dia
23/08 professores decidiram fazer greve por tempo indeterminado. Após várias
tentativas de chegar a um consenso, CPERS e Governo Estadual continuam
discordando. Os argumentos de cada um são legítimos, e seus pontos de vista
cumprem rituais históricos, visto que por décadas não conseguem chegar a um consenso.
O Conselho
Geral da ACPM reconhece o direito à greve, por ser constitucional, instrumento
mobilizador dos docentes que expõem à sociedade as deficiências educacionais em
nosso estado. Nossa entidade defende o direito dos estudantes de frequentar as
aulas e recomenda que as famílias levem seus filhos à escola; assim como apoia
professores que não aderiram à paralisação.
A sociedade deve
conhecer as razões de ambas as partes, e se apropriar de um assunto que
interessa a todos, conhecer para tomar posição, e não se deixar excluir destas
discussões, meros espectadores, sem voz, sem rosto, ignorados neste jogo de forças.
Quando uma greve é anunciada, é decidido
que os estudantes não terão aula, sem consultar suas famílias, visto que a
greve é uma decisão unilateral. Os professores têm motivos claros e precisos, e
suas reivindicações tem como principais objetivos: atualização dos salários
defasados, melhoria das condições físicas das escolas, falta de funcionários, entre
outros, agora acrescidos da discussão da implantação da reforma do Ensino
Médio. Quanto ao Piso Salarial, governo e CPERS terão que chegar a um acordo,
afinal, matematicamente foi ou não cumprida a legislação federal?
Aos
governantes e ao Sindicato queremos solicitar que retomem as conversações sobre
a pauta em questão, pois com este enfrentamento todos sairão perdendo. Com
certeza a sociedade espera destas duas instâncias, atitude adulta e ponderada,
para minimizar os prejuízos que os alunos poderão acumular neste ano letivo.
- A
ACPM-Federação, assim como o faz cada vez que uma greve é anunciada, novamente propõe
ser incluída nas próximas conversações, visto que oficialmente representamos o
segmento pais na escola. Interrompendo assim um ciclo que exclui a comunidade
escolar das questões que a atingem diretamente.
- Quanto à
Reforma do Ensino Médio, pauta recorrente nas últimas semanas propõe a criação
de uma Comissão de Acompanhamento e Avaliação, composta pela comunidade
escolar, incluídos pais e alunos. Diretoria Estadual